segunda-feira, 22 de julho de 2013

Desculpe, o twitter não vai perdoar você!


Você já deve estar sabendo: “A Igreja Católica vai conceder indulgências a  quem seguir o papa Francisco na rede social twitter, noticiam hoje vários órgãos de comunicação internacionais citando fontes oficiais do Vaticano(veja aqui em 17 de julho de 2010). As demais manchetes em todo o mundo seguiram o mesmo tom.
Aí qualquer leitor vai pensar “que Igreja idiota, perdoando as pessoas apenas por seguirem no twitter... quer dizer que é só clicar no twitter do papa para ir para o céu? Que desespero para ter seguidores!
Mas toda essa história engraçada tem um mistério por trás, e o padre jesuíta James Martin  parece ter demonstrado o começo da trama como um caso de “misreport” (em inglês, notícia truncada, que mudou de sentido ao passar de uma fonte de informação para outra).
No dia 24 de junho, o Vaticano emitiu um documento em que dizia que todos os fiéis católicos que fossem até a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, receberiam uma “indulgência”, isto é, um perdão no além-vida da pena temporal seus pecados em vida.
A doutrina que embasa as indulgências foi uma criação dos teólogos da Universidade de Paris, ainda no começo do século XV. Segundo ela, o acúmulo de boas obras praticadas pelos santos comissionou a Igreja de uma graça tão grande que poderia ser utilizada para aliviar o sofrimento das almas do Purgatório. Veja bem: não é um perdão para aqueles que aqueles que morreram em pecados mortais. São perdões de pecados veniais, cometidos por aqueles que creram em Cristo em vida, mas cometeram faltas mais leves e irão, sim, finalmente para o Céu, mas somente depois de pagarem as suas penas menos graves no Purgatório, em uma espera dolorosa que poderia demorar milhares de anos. Mas teria fim.
De lá para cá, a doutrina das indulgências mudou muito. Foi a causa mais imediata, como bem sabemos, da Reforma protestante (nós, protestantes, não aceitamos a validade das indulgências e, muito menos de um estado intermediário entre o Céu e o Inferno), e no século XX o próprio conceito católico de Purgatório mudou radicalmente – deixou de ser um “lugar” para ser um “estado”. E as indulgências escritas, em documentos formais, que determinavam até a quantidade de anos a menos no Purgatório, deixaram de existir. Além do mais, passou-se a exigir que o devoto perdoado tivesse também um coração “verdadeiramente arrependido e contrito”.
Porém, enquanto ideia, a indulgência papal continuou a existir. Aliás, ela é bastante comum em diferentes eventos e locais de peregrinação em torno do mundo, mesmo que a maioria dos católicos não tenha conhecimento delas, e não dê a mínima importância para a sua existência.
Pois bem.
Segundo Martin, o jornal britânico The Guardian teve acesso a essa informação (de que seria concedida indulgência também aos participantes da JMJ), vinda diretamente do Vaticano, por uma fonte que descobriu isso “pelo twitter”. Daí foi um passinho para a manchete sair “Vaticano oferece perdão aos seguidores do papa Francisco no twitter”.
Como o The Guardian é um jornal de grande credibilidade internacional, foi outro pequeno salto para a notícia lesadinha virar uma fofocaida mundial (ops... agora, fofoca tem um nome mais chique: viral).

A Bíblia em 66 versos


Cada um dos livros da Bíblia contém uma mensagem. Muitos não chegam a ler a Bíblia com a devida atenção e acabam não conhecendo o propósito de cada um dos seus livros.
Nesse resumo estão 66 versos (às vezes é um pouco mais que um versículo; outras vezes, um pouco menos) que procuram resumir a íntegra de cada livro e para sabermos o que cada um dos autores quis deixar como mensagem central. Assim teremos uma ideia do todo da Bíblia e não de apenas partes.
É bom lembrar que a Bíblia não está na ordem cronológica. Segui apenas a ordem dos livros que está na tradição cristã.
Essa leitura não vale por uma Bíblia inteira, mas é um bom começo, mesmo para quem já tenha começado a ler e compreender as Escrituras.
ANTIGO TESTAMENTO
1. Farei de ti uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome, e tu serás uma benção (...) E em ti serão benditas todas as famílias da terra. (Gênesis 12.2-3)
2. Desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra para uma terra boa e espaçosa, para uma terra que mana leite e mel. (Êxodo 3.8)
3. Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo. (Levítico 19.2)
4. Por que nos traz o Senhor a esta terra, para cairmos à espada, e para que nossas mulheres e crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos ao Egito? (Números 14.3)
5. Guardai, portanto, todos os mandamentos que hoje vos ordeno, para que sejais fortes, e entreis na posse da terra a que passais a possuir. (Deuteronômio 11.8)
6. E de uma só vez  tomou Josué todos esses reis e a sua terra, porque o Senhor, o Deus de Israel, pelejava por Israel. (Josué 10.42)
7. E deixaram ao Senhor Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após doutros deuses, dentre os deuses das gentes, que havia ao redor deles, e encurvaram-se a eles: e provocaram ao Senhor a ira. (Juízes 2.12 - ARC)
8. A Noemi nasceu um filho. E lhe chamaram Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi. (Rute 4.17)
9. Estás velho, e teus filhos não andam nos teus caminhos; constitui-nos, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, com o têm todas as nações. (1Samuel 8.5)
10. Mas a minha benignidade não retirarei dele [Davi], como a retirei de Saul (...). Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de mim; o teu trono será estabelecido para sempre. (2Samuel 7.15-16)
11. Dar-te-ei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti igual não houve, e depois de ti igual não se levantará (...). E se andares nos meus caminhos, e guardares os meus estatutos e mandamentos, como andou Davi, teu pai, eu prolongarei os teus dias. (1Reis 3.12,14)
12. Ao Senhor vosso Deus temereis; é ele que vos livrará das mãos de todos os vossos inimigos. Porém eles não deram ouvidos, mas fizeram segundo o seu antigo costume. (2Reis 17.39-40)
13. Quando se cumprirem os teus dias, para ires a teus pais, levantarei a tua semente depois de ti, um de teus filhos, e confirmarei o seu reino. Este me edificará casa, e eu confirmarei o seu trono para sempre. (1Crônicas 17.11-12)
14. Ide, consultai ao Senhor por mim e pelos que restam em Israel e em Judá, sobre as palavras desse livro que se achou. Grande é o furor do Senhor, que se derramou sobre nós, porque nossos pais não guardaram a palavra do Senhor, para fazerem conforme tudo o que está escrito nesse livro. (2Crônicas 34.21)
15. Partimos do rio Aava no dia doze do primeiro mês, a fim de irmos para Jerusalém. A boa mão do nosso Deus estava sobre nós, e ele nos livrou dos inimigos, e dos que nos armavam ciladas pelo caminho. (Esdras 8.31)
16. Em tudo o que nos aconteceu, tens sido justo, fielmente procedeste, e nós impiamente. (Neemias 9.33)
17. Suplicou mais Ester perante o rei, caindo-lhe aos pés e chorando. Implorou-lhe que revogasse a maldade de Hamã, o agagita, e o plano que este tinha intentado contra os judeus. (Ester 8.3)
18. Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor o deu e o Senhor o tomou, bendito seja o nome do Senhor. (Jó 1.21)
19. Em Deus está a minha salvação e a minha glória; a rocha da minha fortaleza e o meu refúgio estão em Deus. Confiai nele, ó povo, em todo o tempo; derramai perante ele o vosso coração, pois Deus é o nosso refúgio. (Salmos 62.7-8)
20. Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento, reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. (Provérbios 3.5-6)
21. Porque nunca haverá mais lembrança do sábio do que do tolo; porquanto de tudo nos dias futuros total esquecimento haverá. E como morre o sábio, assim morre o tolo. (Eclesiastes 2.16 - ARC)
22. Mulheres de Sião, saiam! Venham ver o rei Salomão! Ele está usando a coroa, a coroa que sua mãe lhe colocou no dia do seu casamento, no dia em que o seu coração se alegrou. (Cantares 3.11 – NVI)
23. Pouco é que sejas meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel. Também te darei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até as extremidades da terra. (Isaías 49.6)
24. Dai glória ao Senhor vosso Deus, antes que venha a escuridão e antes que tropecem os vossos pés nos montes tenebrosos. Esperais a luz, mas ele a mudará em sombra de morte, e a transformará em escuridão. (Jeremias 13.16)
25. Como jaz solitária a cidade, outrora tão populosa! Tornou-se como viúva, a que foi grande entre as nações! A princesa entre as províncias tornou-se escrava. (Lamentações 1.1)
26. Porei dentro de vós o meu Espírito, e farei com que andeis em meus estatutos (...). Habitareis na terra que eu vos dei a vossos pais; vós me sereis por povo, e eu vos serei por Deus. (Ezequiel 36.27-28)
27. Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, e dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos. (Daniel 9.24)
28. Eu sou o Senhor teu Deus desde a terra do Egito; portanto não reconhecerás outro deus além de mim, porque não há Salvador senão eu. (Oséias 13.4 - ARC)
29. Tocai a trombeta em Sião, e dai o alarma no meu monte santo. Tremam todos os moradores da terra, porque o dia do Senhor vem, já está perto. (Joel 2.1)
30. Aborreço, desprezo as vossas festas, e as vossas assembleias solenes não me dão nenhum prazer. Ainda que me ofereçais holocaustos, juntamente com as ofertas de cereais, não me agradarei deles, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. (Amós 5.21-22)
31. A casa de Jacó será fogo, e a casa de José chama; a casa de Esaú palha, e aqueles se acenderão contra eles, e os consumirão. Não haverá sobrevivente da casa de Esaú. O Senhor o disse. (Obadias 1.18)
32. Levantai-me, e lançai-me ao mar, e o mar se aquietará. Eu sei que por minha causa sobreveio esta grande tempestade. (Jonas 1.12)
33. Vinde, subamos ao monte do Senhor, e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas. (Miqueias 4.2)
34. Todos os que te virem, fugirão de ti, e dirão: Nínive está destruída, quem terá compaixão dela? (Naum 3.7)
35. Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar? Por que, pois, toleras os que procedem traiçoeiramente? Por que te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele? (Habacuque 1.13)
36. Meu intento é ajuntar as nações e congregar os reinos, para sobre eles derramar a minha indignação, e todo o ardor da minha ira (...). Então darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor, para que o sirvam de comum acordo. (Sofonias 3.9)
37. É esta a aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito. E o meu Espírito habita no meio de vós. Não temais. (Ageu 2.5)
38. Executai justiça verdadeira; mostrai bondade e misericórdia cada um com seu irmão. (Zacarias 7.9)
39. Para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação debaixo das suas asas. E saireis, e saltareis como bezerros libertos da estrebaria. (Malaquias 4.2)
NOVO TESTAMENTO
40. Muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, e não viram, e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram. (Mateus 13.17)
41. Pois o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. (Marcos 10.45)
42. Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? (Lucas 24.26)
43. Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, da mesma forma importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna. (João 3.14-15)
44. E perseveraram na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor. (Atos 2.42-43)
45. Graças a Deus que, tendo vós sido escravos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. Fostes libertados do pecado, e vos tornastes escravos da justiça. (Romanos 6.17-18)
46. Assim cada um ande como Deus lhe repartiu, cada um como o Senhor o chamou. É o que ordeno em todas as igrejas. (1Coríntios 7.17)
47. Ele nos fez também capazes de ser ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica. (2Coríntios 3.6)
48. Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne? (Gálatas 3.3)
49. Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. (Efésios 2.8 – ARC)
50. Mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando das coisas que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. (Filipenses 3.13-14)
51. Se estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo [?] (Colossenses 2.20)
52. Como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem de intuitos gananciosos; Deus é testemunha. (1Tessalonicenses 2.5)
53. Nem de graça comemos o pão de homem algum, mas com labor e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós. (2Tessalonicenses 3.8)
54. Todas as coisas criadas por Deus são boas, e nada deve ser rejeitado se é recebido com ações de graças. (1Timóteo 4.4 – ARA)
55. E o que de mim, através de muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem aos outros. (2Timóteo 2.2)
56. [A graça de Deus] nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas, para que vivamos neste presente século sóbria, justa e piedosamente. (Tito 2.12)
57. Escrevo-te confiando na tua obediência, sabendo que fará ainda mais do que peço. (Filemom 1.21)
58. Serei misericordioso para com as suas iniquidades, e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais, dizendo Novo Concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar. (Hebreus 2.12-13 – ARC)
59. Falei de tal maneira, e de tal maneira procedei, como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade. (Tiago 2.12)
60. Pois já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus? (1Pedro 4.17)
61. Não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais, e estejais confirmados na presente verdade. (2Pedro 1.12)
62. Todo aquele que permanece nele não vive pecando. Todo o que vive pecando não o viu nem o conhece. (1João 3.6)
63. Todo aquele que vai além da doutrina de Cristo, e não permanece nela, não tem a Deus. (2João 1.9)
64. Não tenho alegria maior do que esta: a de ouvir que os meus filhos andam na verdade. (3João 1.4)
65. Estes [os zombadores] são os que causam divisões entre vocês, os quais seguem a tendência da sua própria alma e não têm o Espírito. (Judas 1.19)
66. Eis que cedo venho! A minha recompensa está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim. (Apocalipse 22 12-13)


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Banda Catedral: 10 anos depois

Recentemente, o vocalista Kim, da banda Catedral, usou o facebook para justificar a sua transição de grupo gospel para o estilo ‘pop/rock’, e que até hoje deixa ex-fãs perplexos.
Segundo Kim (apelido do músico carioca Joaquim Cezar Motta), o grupo mudou de estilo porque seus ex-fãs “fanáticos religiosos” não entenderiam a sua música e sua postura artística: “Na boa, aqui não é lugar para vocês... Não trabalhamos para vocês! Nem desejamos vocês como fãs? Entenderam? Obrigado...
Por motivos óbvios, não participei da fase ‘gospel’ do Catedral.
Na época, esse estilo nem tinha esse nome. Eram, em sua maioria, duplas ou artistas solo que usavam apenas o termo ‘música evangélica’, até porque a denominação ‘gospel’ pertencia por registro ao maquiavélico apóstolo-empresário Estevam Hernandes. Ser um músico evangélico implicava (até então) em uma regra de simplicidade mantida a todo custo. Nada de roupas extravagantes, nem cabelos espetados com gel. Fãs, cachês, autógrafos... nem pensar! Todos eram seguidores apenas de Jesus.
Na década de 90 o Catedral era conhecido como uma das mais expressivas bandas do segmento do rock evangélico e já distinguia por algumas afinações de voz dissonantes e uma temática que fugia do lugar comum da arte a serviço do evangelismo. Achei natural que optassem por se dissociar definitivamente do público evangélico para seguir um outro estilo – como já fizeram algumas bandas nos Estados Unidos.
Nada disso significa negar a fé, e é outro ponto que precisa ficar bem claro.
A virada estilística do Catedral foi muito mal compreendida (já que muitos viram como sinônimo de apostasia) e gerou uma série de respostas e provocações que teve seu auge em 2001, quando o grupo concedeu uma entrevista ao Usina do Som (divisão do grupo UOL) dizendo poucas e boas do segmento gospel, que jamais tinham sido uma banda gospel, que era apenas um mal-entendido, que criticavam descaradamente a religião e o público nem se dava conta, etc.
Hoje, o Catedral jura que a entrevista era falsa, que não disseram tudo aquilo. Uma série de acusações levou a um processo contra a antiga gravadora, MK Produções, por difamação. Uma pesquisa por pontuação (sem valor estatístico) mostra que o grupo nunca se dissociou de sua imagem gospel.
Kim é aquele imitador da voz do Renato Russo. Ele detesta admitir isso, fica irritado, mas o fato é que o grupo fez até uma paródia do Faroeste Caboclo (chamada “Pedro Zé Um Nordestino”), em que pinta uma crítica rotunda à moral evangélica – sem deixar a mensagem cristã, fique-se bem entendido. Com um discurso politizado, Kim critica o estilo ‘louvação’ da música evangélica e defende a sua música formadora de opinião, com seu público seleto e diferenciado – ou, seria melhor dizer, pequeno (os “catedráticos”). Dessa forma, a banda ficou à parte da explosão gospel da última década e que, curiosamente, vem embarcando até alguns artistas seculares de moral duvidosa (de Latino até Belo).
Alguns dizem que o Catedral voltou atrás porque seu novo público do ‘mundo’ não correspondeu às suas expectativas de venda – o que os números não negam, nem confirmam. Desde 2005, o grupo tem contrato com a New Music, o braço da Record na música secular.

Em 2010, a banda ganhou a causa que tinha na justiça do RJ contra a MK – que, maledicências à parte, fez por merecer o processo. É curioso, mas a banda acabou lucrando justamente em cima dos fanáticos e fundamentalistas que optou por se livrar.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Brasil quer construir réplica do Cristo Redentor em Londres

Um projeto secreto para construir uma réplica gigante do Cristo Redentor do Rio de Janeiro junto ao cume do Primrose Hill, sem Londres, foi descoberto pelo New Journal.
De acordo com o Wikipedia, Primrose Hill é uma colina de 256 pés (78m), localizada no lado norte do Regent’s Park, em Londres, Inglaterra, e também o nome do distrito em torno. A colina tem a visão clara do centro de Londres. O distrito é uma das áreas residenciais mais exclusivas e caras de Londres e lar de muitos residentes notáveis.
Segundo o Camden New Journal:
“O projeto, que ainda não chegou ao departamento de planejamento da câmara da cidade, deve ser financiado pelo governo brasileiro para celebrar o encerramento dos Jogos Olímpicos de 2012 e marcar o momento em que a cidade do Rio de Janeiro assumirá o manto olímpico para os Jogos de 2016”.
Mas a proposta, que será inspirada na estátua do Corcovado que tem vista para o Rio, já está dividindo opiniões. Segundo o London Evening Standard,
“o projeto, financiado pelo governo brasileiro, já dividiu opiniões no bairro de celebridades que abriga a casa de Kate Moss, em meio a temores de que irá estragar a vista.
O plano é tão sensível que os consultores contratados pelos brasileiros em Londres estão conversando sigilosamente com os moradores antes de submeter seu projeto ao conselho de Camden.
Os moradores que ainda não viram os desenhos foram informados que a réplica projeta pode ter até 30 pés (9,1m) de altura. A estátua, que os brasileiros querem “perto do cume” de Primrose Hill, seria visível por quilômetros de um dos pontos mais altos da capital.”
Alguns moradores dizem que não se opõem, desde que a estátua seja feita como um elemento temporário.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O ‘novo homem’

Há uns 15 anos (não lembro ao certo, acho que até mais), li uma revista que era entrevistada a escritora chilena Isabel Allende. Na entrevista, que ela dizia, sem rodeios, que apenas podia esperar a morte de todos os homens com mais de 40 anos, para assim livrar o mundo da cultura machista que dominava ainda a sua geração.
Somente os homens da nova geração, educados sob a cultura da igualdade do homem e da mulher, é que estariam preparados para viver na sociedade moderna, sem preconceitos e valores antigos.
Pois, eis o novo homem de Allende: Francesco Schettino.
Salve-se quem puder!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

2011: um balanço da Guerra do Natal

Na última década, o período das festividades natalinas tornou-se, nos Estados Unidos, um tempo de batalhas jurídicas e provocações mútuas entre, de um lado, organizações que procuram reter ou reviver as motivações cristãs do Natal, e, de outro, encrenqueiros ateístas que entendem que a comemoração pública do Natal (como presépios ou encenações montados com dinheiro público) viola a cláusula de estabelecimento da Primeira Emenda da constituição americana.[i]

Desde pelo menos a década de 50, o Natal transformou-se em uma data comemorativa neutra, desprovida de intenções religiosas mais explícitas e coerente com os princípios politicamente corretos de diversidade cultural[ii]. Um dia para distribuir presentes reunir a família para uma refeição substancial e, sobrando tempo, realizar algum ato imprevisível de generosidade inspirado em contos de Charles Dickens.
Tudo isso é permitido a todos, desde que o Natal não seja chamado pelo seu próprio nome – Christmas – que poderia soar muito invasivo e impróprio para os ouvidos bem mais sensíveis de cidadãos judeus ou os agnósticos, por exemplo – os primeiros, porque já tem a sua própria festa (Chanukah), que coincide com esta época; e os segundos porque, mesmo não dispensando o feriado e adorando a prática de dar e receber presentes, detestam ser lembrados que o motivo desta comemoração provém de uma data oriunda do passado mítico.
Por este motivo, muitas empresas e organizações estatais instam com seus funcionários para que jamais saúdem seus clientes com um Merry Christmas (porque seria ofensivo demais a quem não compartilha a fé cristã), e sim que utilizem os genéricos Happy Holydays ou Seasons Greetings (que equivalem ao nosso “Boas Festas”), até mesmo diante de pessoas que não estejam pretendendo comemorar festa alguma... – será que pessoas que não trabalham ficariam ofendidas com a parada do Dia do Trabalho?
Em contraposição, muitas entidades cristãs organizam, com relativo sucesso, boicotes contra essas empresas que proíbem o Natal para seus funcionários e clientes.
No último ano (2011), a “guerra do Natal” tomou alguns aspectos irônicos e em outras situações beirou o ridículo.
Tudo parece ter começado quando o governador do Wisconsin chamou a árvore natalina de Christmas Tree (e não Holiday Tree, como exige a correção política) e manteve a ousadia de montar um presépio no Capitólio do estado, o que provocou a indignação da Freedom from Religion Foundation, uma das mais renhidas organizações secularistas dos Estados Unidos.
A FFRF (sediada em Madison, Wisconsin) não conseguiu seu intento (remover o presépio) no próprio estado[iii], mas partiu para o ataque – junto com outras organizações – em outras partes do país, em uma campanha ostensiva contra as comemorações natalinas.
§  Os comissários de Athens, no condado de Henderson, Texas, passaram a receber uma enxurrada de cartas e telefonemas vindos de várias partes do país (incentivados pela sessão da FFRF em Wisconsin) por ter autorizado a colocação de um presépio de Natal (custeado por uma entidade local) no gramado em frente ao prédio do tribunal. Segundo a FFRF, os presépios trazem uma mensagem de “intimidação e exclusão” e devem ser demolidos. Não tendo conseguido a remoção, a FFRF exigiu a colocação de um banner ateísta no mesmo local.
§  Em Warren, Michigan, um advogado local, com apoio da FFRF, ameaçou processar a municipalidade se não fosse permitida a colocação – junto ao presépio – de um marco dizendo que não há Deus e que as religiões escravizam.[iv]
§  Em Elwood City, Pennsylvania, a municipalidade cedeu às pressões da FFRF e decidiu demolir o presépio que há 50 anos era montado, todos os anos, na praça principal da cidade.
§  A mesma FFRF também tentou a remoção de um banner intitulado “Keep Christ in Christmas” (Mantenha Cristo no Natal), colocado pela organização católica Knights of Columbus em Pitman, New Jersey. Não conseguiram porque o banner foi patrocinado por uma entidade privada e instalado em propriedade particular.
§  Em Lincoln, Nebraska, a America Civil Liberties Union conseguiu a remoção de um luminoso que também lembrava qual o motivo para as comemorações natalinas. Segundo o advogado contratado pela ACLU, há estudantes judeus e muçulmanos na escola em frente que poderiam ficar “doentes” com a exposição ao Natal.
§  Em Silver Spring, Maryland, um grupo de cantores de Natal foi colocado para fora de uma agência de Correios depois que o seu gerente declarou que eles não tinham permissão para cantar músicas natalinas em uma propriedade do governo. O coro foi expulso à força e sob vaias contra o gerente.
§  Em Santa Monica, Califórnia, a municipalidade dispunha anualmente de 14 áreas para a exposição de presépios em tamanho natural, montados pela população local e pelas igrejas – seguindo uma tradição mantida nos últimos 57 anos e que sempre atraiu visitantes de cidades vizinhas. Nesse ano, os ateus exigiram um espaço para suas ideias, e por sorteio, 11 dessas áreas foram disponibilizadas para ridicularizar a fé cristã com peças patrocinadas por organizações nacionais, como a American Atheists e pela Atheist United – clique aqui para ver algumas dessas mensagens. Das restantes, 1 coube para o Chanukah judeu, e apenas 2 serviram para presépios.
§  Na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, os legisladores receberam um memorando determinando que não utilizassem as saudações “Feliz Natal” ou “Feliz Chanukah” nas suas correspondências oficiais (ou seja, pagas com dinheiro dos impostos), enviadas todo final de ano aos eleitores de seus condados. Vários representantes, tanto republicanos quanto democratas, se uniram para derrubar a determinação.
§  Em Leesburg, Virgínia, a população local foi surpreendida com a colocação, no gramado do tribunal local, de um esqueleto com a roupa vermelha de Papai Noel pendurado em uma cruz, com a inscrição “Saudações dos seus amigos ateus locais”. A peça foi uma montagem feita pela “Igreja do Monstro de Espaguete Voador” (uma paródia ateísta contra a crença em Deus), que também montou um presépio trocando o menino Jesus pelo espaguete.
§  Em Nova York, as tradicionais luzes de Natal, árvores e menorahs que adornavam o St. George Staten Island Ferry Terminal foram removidas por ordem do Departamento de Transporte da cidade – em 2010, apenas uma árvore e o menorah se mantinham. Segundo as autoridades, a remoção foi por motivos de segurança de tráfego.
§  Em novembro, a Academia da Força Aérea foi forçada a pedir desculpas pelo apoio dado à Operação Natal Criança (uma iniciativa que todo ano oferece presentes de natal a crianças pobres em 100 países). Segundo a Military Religious Freedom Foundantion, houve queixas de funcionários islâmicos da academia, que entendia que a iniciativa favorecia a “intolerância religiosa”. A mesma entidade exigiu a derrubada de telas natalinas e de um menorah de uma base área.
§  Na Carolina do Sul, um voluntário de 67 anos que trabalhava como Papai Noel foi dispensado porque não correspondia às “diferentes culturas e crenças” que o instituto do câncer local queria proporcionar.
§  Em Tuscumbia, Alabama, uma queixa chamou de “inconstitucional” a apresentação da canção natalina “Silent Nigth, Holy Nigth” (é o nosso “Noite Feliz”) por crianças de 6 a 7 anos de uma escola primária. Segundo a organização American United for the Separation of Church and State, que exigiu a proibição, a letra da música refere-se a Jesus como salvador, e essa menção só pode ser feita nas igrejas ou residências. A escola decidiu ignorar a queixa.
§  Em Fort Worth, Texas, o distrito escolar local determinou que os funcionários proibissem as crianças de trocar presentes ou a tradicional bengala doce de Natal com receio de que pudessem conter mensagens religiosas. Até mesmo o Papai Noel foi banido. A um aluno foi dito que não era permitido escrever “Feliz Natal” em um cartão enviado às tropas americanas no exterior. Determinações semelhantes foram tomadas nas escolas de Stockton, Califórnia, em Newburyport, Massachussetts, e em Mesquite, Nevada.
§  Em Saugus, Massachussetts, o superintendente escolar vetou a participação de bombeiros aposentados que há 50 anos distribuem livros para colorir às crianças vestidos de Papai Noel – uma tradição seguida há 40 anos. Segundo o superintendente, essa tradição viola a separação entre a religião e o estado. Ele só foi levado a reverter a decisão porque foi convencido de que o Papai Noel é uma figura secular e não religiosa.
§  Em Boca Raton, Flórida, a municipalidade determinou a proibição total de todos os enfeites natalinos fossem proibidos em todas as áreas públicas da cidade.
Como se pode observar, a maioria dos locais onde ocorreram esses fatos são cidades pequenas, sem grande diversidade cultural, e nas quais a comemoração pública do Natal era realizada há décadas sem maiores incidentes. O que teve repercussão nacional foi o de Henderson, Texas, onde a controvérsia reuniu um protesto de 5 mil pessoas apoiando a manutenção do presépio.
Esses choques envolvendo presépios e outras figuras associadas ao Natal não tem grande importância se comparados ao que acontece em outras partes do mundo (como a Nigéria, Laos ou Uganda, onde pessoas foram mortas ou violentadas neste último Natal), porém se tornaram bem mais agressivos nos últimos dois anos[v]. Segundo o comissário do distrito de Leesburg (onde foi colocado o esqueleto), Kenneth Reid, esse tipo de agressão por parte dos ateus é gratuita, e tem por objetivo horrorizar as pessoas e aprofundar as diferenças entre elas. Para Reid – que é judeu – “Ninguém está lá fora, pregando como esses caras. Eles estão lá fora, em uma tentativa descarada de tentar acabar com a religião e arruinar o Natal das pessoas. Os grupos de ateus nos últimos dois anos têm usado isso como uma oportunidade para tentar proibir tudo”.


[i] A cláusula de estabelecimento veta que o governo, em qualquer um dos seus níveis, apoie ou patrocine uma determinada religião ou a irreligião.
[iii] Os ateus de Madison, WI, reagiram ironicamente, montando uma versão do presépio que tinha como bebê na manjedoura não Jesus Cristo, mas uma boneca de menina de matiz africana (Lucy?), vestida com roupa de Papai Noel. Outros personagens de papel compuseram o conjunto: a Afrodite de Botticelli no lugar da Virgem Maria; Thomas Jefferson como José; um Mark Twain pensativo no lugar do pastor, um astronauta como anjo, e os sábios (reis magos) representados por Marie Curie, Albert Einsten e Charles Darwin.
[iv] Esse marco, criado pela FFRF, já existe em algumas localidades para se contrapor ao Natal e diz: “Nesta época do Solstício de Inverno, deixe a razão prevalecer. Não há deuses, não demônios, nem anjos, nem o céu ou o inferno. Existe apenas nosso mundo natural. A religião é apenas um mito e uma superstição que endurece corações e escraviza mentes”.
[v] Em 2010, os eventos mais notórios da guerra anti-natalina estiveram mais relacionados a casos de vandalismo.

De novo...

Opa! mais uma montagem fotográfica.
Na tentativa de se provar definitivamente que Silas Malafaia é maçom, alguns pseudo-evangélicos mais uma vez recorreram à montagem fotográfica e não hesitam em se juntar ao pessoal alertado em Jo 8.44.

Que feio!

Paspalhões intelectuais como Caio Fabio vivem açoitando a inteligência de uma turba quase tão piedosa quanto ignorante com a justificativa de que todos os males presentes na igreja são causados pela filiação de pastores evangélicos à maçonaria – o que existe, mas não é generalizado. Afinal, nada mais simples do que associar a prosperidade imaginária material dos maçons à prosperidade cristianizada dos pastores.
Daí para a associação indevida é um passo, e daí para a mentira ocasional é outro, mais simples ainda.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Templos de pedra, cimento e fé

Alguns blogs que acompanho reproduziram trechos da reportagem da revista Época que tratou dos “megatemplos” católicos ou evangélicos em construção no país, o que para a revista seria uma mostra da força do cristianismo brasileiro.
Na realidade, esse tipo de reportagem é sazonal. Todo final de ano, na edição que precede ao Natal, as grandes revistas brasileiras publicam alguma reportagem (ora positiva, ora negativa) sobre Jesus Cristo, Igreja ou algum tema relacionado à religião, e que solenemente é deixado de lado no restante do ano. Menos mal, considerando que o Natal é um período de concorrência atroz entre o Cristo da manjedoura e o Papai Noel das lojas e promoções.
Contudo, essa reportagem me fez lembrar de um filme que assisti há algum tempo, Stigmata (1999) – é ruim, eu não aconselho – com Gabriel Byrne no papel de um padre que tem acesso a um evangelho apócrifo escondido pela Igreja católica e precisa investigar uma série de eventos sobrenaturais, casualmente em um Brasil caricato. Nesse apócrifo, está uma mensagem que abalaria as estruturas da Igreja (“Deus não habita em templos feitos por mãos humanas”).
Para evitar que tal mensagem impactante, que se repete miraculosamente (e que não tem nada de mais, é igual a Atos 17.24), venha a ser conhecida do público, a Igreja elimina uma série de inimigos que tiveram acesso a esse segredo, inaugurando uma temática muito explorada nos últimos anos.
O fato é que o vigor do “cristianismo brasileiro” não pode ser medido pela construção de templos de grande capacidade. Isso é um modismo passageiro. Começou nos Estados Unidos com construções grandiosas, como a Crystal Cathedral, em Garden Grove, CA, prestes a ser vendida por seu criador e construtor por falta de fundos para mantê-la.
Somente poderíamos aceitar um certo vigor do cristianismo brasileiro se víssemos o aparecimento de obras teológicas importantes, novos comentários bíblicos, a participação de linguistas brasileiros na tradução de documentos antigos, ou o envio em boa quantidade de missionários a outros continentes. Infelizmente, segundo Russel Sheed, há menos de um missionário transcultural para cada 10 mil crentes e quase todas as publicações teológicas são traduções de trabalhos estrangeiros.
O que o cristianismo brasileiro não pode reclamar é da música (especialmente a evangélica) e do surgimento de igrejas. Nesse contexto, não é anormal que algumas delas sejam gigantescas. Se for para atender uma necessidade de se reunir 25, 30 mil pessoas, é natural que se pense na construção de templos realmente de grande tamanho.
O que não é compreensível é que um Templo apresentado para ser um dos mais imponentes do mundo, seguindo os moldes do templo de Salomão na Jerusalém bíblica, disponibilize apartamentos, área de lazer com sauna e churrasqueira, como se a igreja fosse a extensão da casa do seu próprio líder-proprietário.
Não é à toa que as igrejas evangélicas que estão erguendo os templos de maior magnitude (e que só o futuro dirá se serão concluídos, ou que serventia terão nos próximos anos) são aquelas para as quais o dízimo bíblico é insuficiente para suas metas de auto-promoção. A primeira delas é a criadora da ‘Fogueira Santa’, um rito sacrificial no qual o nome de Deus é invocado para satisfazer a ambição humana. A outra é a inventora do ‘trízimo’.
Nenhuma dessas criações é representativa de qualquer vigor para o cristianismo.